sexta-feira, 5 de setembro de 2008

No horizonte cinzento, no silêncio da solidão… as lágrimas voltam sempre com a chuva, com o cheiro a terra molhada...
O sol consegue sempre camuflar todas as fraquezas nos esconderijos do coração…
Saudade…angústia….medo de deixar de ser “eu”…
Quem quero eu enganar…senão a mim própria?! Emoções contidas, enclausuradas em ilusões aparentes…
Instala-se o vazio onde o querer nada mais pode….resta a folha de papel ...onde despejo todas as letras dos sentidos…
Escrevo …com a vontade de apagar a dor…palavra após palavra e as lágrimas parecem sossegar…
Sou eu…assim…no instante em que o sofrimento me deixa nua de sorrisos….ausente de mim a ouvir a chuva a cair e a desejar adormecer sem dor…sem saudade…a implorar que os sonhos venham para ficar e inundem a realidade
….

1 comentário:

Margarida disse...

Texto lindo, apesar de triste.
Há uns tempos atrás terias descrito tudo o que estava a sentir. Não sei explicar o que me fez voltar a mim, à pessoa que eu gosto...acho que deixei de pensar no que me perturbava...não, não foi isso. Lembro-me que foi numa altura em que estava pior, em que a minha cabeça estava a ser envenenada por pensamentos e lembranças...apareceu uma oportunidade inesperada de deixar de fingir e para a aproveitar tive de mudar um pouco, de amadurecer, e não me arrependo de nada.
Espero que essa oportunidade já te tenho surgido, se não vais ver que não tarda.

Um beijinho e uma flor*